Sainsaulieu, no seu trabalho sobre Identidade no Trabalho, desenvolve um raciocínio no qual considera que a acção humana é menos determinada pelos valores incorporados na socialização primária.
Baseando-se nos trabalhos de Simon sobre a racionalidade limitada, segundo o qual a racionalidade ou lógica de decisão de um indivíduo era influenciada pelo seu presente e passado, a partir do que Boudon nomeou de um efeito de posição - a decisão depende da posição que o indivíduo ocupa no contexto de acção específico e que condiciona o seu acesso às informações pertinentes; e de um efeito de disposição - a decisão depende das características cognitivas e afectivas do indivíduo que decide, características estas que são pré-formadas pela sua socialização passada.
Sainsaulieu mostra como os critérios de decisão de um actor social no momento presente são influenciados pela sua socialização passada, mas dependem também das influências, condições e problemas do “aqui e agora”.
Os trabalhos de Festinger sobre a dissonância cognitiva reforçam o argumento de não determinação da acção humana.
Assim, através dos estudos de Festinger e de outros autores, os valores não determinam o comportamento assim como o comportamento não determina os valores.
Os novos comportamentos de um indivíduo poderiam originar novos valores, fazendo-o questionar os seus valores antigos, ou poderiam, ao contrário, ter o efeito de reforçar ainda mais estes últimos.
Pode-se dizer que estes estudos, bem como as teorias de Festinger sobre dissonância cognitiva permitem libertar o indivíduo do que Wrong chamou de uma concepção "hiper-socializada" do ser humano, que procura unicamente no passado dos indivíduos, e nas suas experiências de socialização marcantes a explicação dos seus comportamentos presentes.
Assim, a capacidade de acção estratégica varia de pessoa para pessoa, segundo a origem social e o meio cultural e é fundamental para a construção da identidade do indivíduo a partir das suas interacções na sua actividade quotidiana de trabalho. A capacidade de acção estratégica pode ser melhorada e exercitada através das interacções com os outros indivíduos em diversos tipos de situação.
Baseando-se nos trabalhos de Simon sobre a racionalidade limitada, segundo o qual a racionalidade ou lógica de decisão de um indivíduo era influenciada pelo seu presente e passado, a partir do que Boudon nomeou de um efeito de posição - a decisão depende da posição que o indivíduo ocupa no contexto de acção específico e que condiciona o seu acesso às informações pertinentes; e de um efeito de disposição - a decisão depende das características cognitivas e afectivas do indivíduo que decide, características estas que são pré-formadas pela sua socialização passada.
Sainsaulieu mostra como os critérios de decisão de um actor social no momento presente são influenciados pela sua socialização passada, mas dependem também das influências, condições e problemas do “aqui e agora”.
Os trabalhos de Festinger sobre a dissonância cognitiva reforçam o argumento de não determinação da acção humana.
Assim, através dos estudos de Festinger e de outros autores, os valores não determinam o comportamento assim como o comportamento não determina os valores.
Os novos comportamentos de um indivíduo poderiam originar novos valores, fazendo-o questionar os seus valores antigos, ou poderiam, ao contrário, ter o efeito de reforçar ainda mais estes últimos.
Pode-se dizer que estes estudos, bem como as teorias de Festinger sobre dissonância cognitiva permitem libertar o indivíduo do que Wrong chamou de uma concepção "hiper-socializada" do ser humano, que procura unicamente no passado dos indivíduos, e nas suas experiências de socialização marcantes a explicação dos seus comportamentos presentes.
Assim, a capacidade de acção estratégica varia de pessoa para pessoa, segundo a origem social e o meio cultural e é fundamental para a construção da identidade do indivíduo a partir das suas interacções na sua actividade quotidiana de trabalho. A capacidade de acção estratégica pode ser melhorada e exercitada através das interacções com os outros indivíduos em diversos tipos de situação.
Elaborado por: Susana Magalhães, n.º 52306.
Sem comentários:
Enviar um comentário