domingo, 29 de junho de 2008

Processo de construção identitária num contexto de modernização organizacional

A modernização das organizações provoca a aplicação de tecnologias avançadas, particularmente aos níveis da informática e da produção industrial, que proporcionam processos de mudança radicais no seio da sua estrutura, criando a necessidade de construir novas identidades devido à necessidade de coexistência, de forma concorrencial e estratégica, com culturas e identidades organizacionais diferentes.
Para que este processo de construção identitário se desenvolva é necessário existir uma previa negociação e aceitação por parte de todos os elementos, no sentido de aceitação dos objectivos, valores, representações e símbolos individuais por parte do grupo, e dos projectos, ideias e crenças grupais por parte de cada individuo, sendo que o objectivo deste processo é alcançar a previsibilidade dos comportamentos dos actores organizacionais.
Para Sainsaulieu a identidade de cada um é entendida como um processo cognitivo que proporciona diferenciação e originalidade ao actor organizacional, cujo reconhecimento facilita a interacção dos indivíduos e propicia o desenvolvimento de um sentimento de confiança reforçado pela partilha de significados e valores intergrupais, que assume grande importância no contexto das relações sociais entre elementos de uma mesma organização, dado que constitui um elemento de regulação que permite estabelecer relações sociais entre entidades e identidades diferentes.
Assim sendo, e pelo facto de defender que a organização cria novas identidades nomeadamente em situações de mudança, Sainsaulieu Distingue 5 modelos de identidade :
- Modelo taylorista – é aquele em que a confiança é depositada nas regras e normas, nas categorias profissionais e no status dos indivíduos.
- Modelo comunitário – A confiança é fundamentada nos laços afectivos e capacidade de acção colectiva. Os actores agem de forma solidária e defensiva face a tudo o que possa afectar o grupo e sua produção.
- Modelo profissional de serviço público – o “saber-fazer” e as competências laborais dos actores organizacionais são os elementos que proporcionam confiança.
- Modelo de identidade da empresa – é aquele em que indivíduos pertencentes a categorias sócio - profissionais diferentes agem colectivamente, de forma a adequar os meios aos objectivos que pretendem atingir.
- Modelo de mobilidade – segundo o qual cada actor organizacional age de acordo com objectivos próprios e realização individual.

Elaborado por: Tânia Machado, n.º 52303.

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