No seu modelo relativo ao processo de construção identitária no trabalho, Sainsaulieu baseia-se nos trabalhos de Hegel a fim de fundamentar a sua perspectiva.
Analisando a filosofia hegeliana, Sainsaulieu salienta a interdependência entre o lado cognitivo, relativo à percepção compreensiva da realidade e do acesso à racionalidade, e o lado afectivo, que esta ligado ao jogo de relações entre os desejos que se estabelece entre os indivíduos.
Posto isto, o indivíduo não é capaz de obter da "compreensão do mundo" da qual fala Hegel e a capacidade de raciocinar se não for reconhecido nas suas relações afectivas com outrem como alguém que detém um desejo.
A luta entre os desejos dos diferentes indivíduos envolve uma relação social cuja finalidade é ser reconhecido pelos outros.
Sendo assim, a identidade de um indivíduo não é o ponto a partir do qual se constrói a realidade social, mas é o resultado do seu jogo de relações com outros indivíduos, que posteriormente terá efeitos ao nível da construção da sua identidade.
Na medida em que vivemos em sociedade, os desejos de um indivíduo tanto podem ser convergentes como divergentes, sendo que no confronto de desejos o indivíduo consegue que o outro o reconheça como seu semelhante ou diferente no que toca as características do desejo em causa, pelo que conseguirá também reconhecer o seu próprio valor social e evitar a perda de identidade.
De acordo com Hegel pode dizer-se que o indivíduo sustenta o seu desejo, mesmo apesar dos conflitos, pelo facto de pretender alcançar poder e comandar as posteriores interacções sociais.
Assim, o acesso à identidade é propiciado pela dicotomia identificação social/diferenciação social, que se expressa a dois níveis distintos:
- Ao nível da relação afectiva que não envolve relações de conflito;
- Ao nível do jogo de poder social.
Desta filosofia de Hegel, Sainsaulieu formula a hipótese de que “se a identidade da criança e seu desejo são fortemente ligados à história de suas identificações sucessivas, a identidade do adulto depende também dos meios sociais que ele dispõe para sustentar sua diferença nos conflitos, e desta forma, sair da cadeia de identificações” (Sainsaulieu, 1977).
Com base no referido, pode afirmar-se que as relações quotidianas de um indivíduo no trabalho lhe proporcionam agir no sentido de procurar reconhecimento por parte de outrem e obter uma racionalidade e identidade própria, sendo que este processo de construção da identidade no trabalho é explicado mais abaixo.
Analisando a filosofia hegeliana, Sainsaulieu salienta a interdependência entre o lado cognitivo, relativo à percepção compreensiva da realidade e do acesso à racionalidade, e o lado afectivo, que esta ligado ao jogo de relações entre os desejos que se estabelece entre os indivíduos.
Posto isto, o indivíduo não é capaz de obter da "compreensão do mundo" da qual fala Hegel e a capacidade de raciocinar se não for reconhecido nas suas relações afectivas com outrem como alguém que detém um desejo.
A luta entre os desejos dos diferentes indivíduos envolve uma relação social cuja finalidade é ser reconhecido pelos outros.
Sendo assim, a identidade de um indivíduo não é o ponto a partir do qual se constrói a realidade social, mas é o resultado do seu jogo de relações com outros indivíduos, que posteriormente terá efeitos ao nível da construção da sua identidade.
Na medida em que vivemos em sociedade, os desejos de um indivíduo tanto podem ser convergentes como divergentes, sendo que no confronto de desejos o indivíduo consegue que o outro o reconheça como seu semelhante ou diferente no que toca as características do desejo em causa, pelo que conseguirá também reconhecer o seu próprio valor social e evitar a perda de identidade.
De acordo com Hegel pode dizer-se que o indivíduo sustenta o seu desejo, mesmo apesar dos conflitos, pelo facto de pretender alcançar poder e comandar as posteriores interacções sociais.
Assim, o acesso à identidade é propiciado pela dicotomia identificação social/diferenciação social, que se expressa a dois níveis distintos:
- Ao nível da relação afectiva que não envolve relações de conflito;
- Ao nível do jogo de poder social.
Desta filosofia de Hegel, Sainsaulieu formula a hipótese de que “se a identidade da criança e seu desejo são fortemente ligados à história de suas identificações sucessivas, a identidade do adulto depende também dos meios sociais que ele dispõe para sustentar sua diferença nos conflitos, e desta forma, sair da cadeia de identificações” (Sainsaulieu, 1977).
Com base no referido, pode afirmar-se que as relações quotidianas de um indivíduo no trabalho lhe proporcionam agir no sentido de procurar reconhecimento por parte de outrem e obter uma racionalidade e identidade própria, sendo que este processo de construção da identidade no trabalho é explicado mais abaixo.
Elaborado por: Tânia Machado, n.º 52303.
Sem comentários:
Enviar um comentário