- SAINSAULIEU, Renaud, Sociologia da empresa: organização, cultura e desenvolvimento, Lisboa, Instituto Piaget, pp. 44-45, 1997.
Segundo Renaud Sainsaulieu, quando há um aumento da dimensão da empresa, uma diversificação dos seus produtos e técnicas, uma multiplicação dos seus clientes e fornecedores e um desenvolvimento das suas implantações geográficas, o problema de racionalidade, com o qual, a empresa pública ou privada, industrial ou administrativa tem de lidar é muito mais importante do que as circunstâncias particulares da tarefa de produção.
O autor compara a empresa a uma espécie de puzzle, composto por diferentes elementos como, por exemplo, máquinas, unidades de fabrico, aparelhos comerciais, financeiros e serviços de apoio à produção (organização, controlo, método, gabinetes de estudo, manutenção do material e planificação).
Desde o início do século XX, o desenvolvimento das empresas teve como base a articulação racional dos elementos económicos e técnicos da produção industrial mencionados, anteriormente, e modo de organização científica dos seus componentes materiais e humanos.
Muitas gerações de dirigentes, engenheiros e consultores em organização viram as suas dúvidas esclarecidas, através dos trabalhos de vários autores, como: Frederick Winslow Taylor, sobre a direcção científica das empresas; Henri Fayol, sobre a administração industrial geral; Henry Ford, sobre a organização do trabalho em cadeia (ambos sucessores de Frederick Winslow Taylor); ou Max Weber, sobre a burocracia, a qual, também, denomina de administração racional legal.
Um dos factores que levou, possivelmente, a um período de crescimento económico nunca, antes, visto foi o desenvolvimento de um modelo de organização racional, à escala mundial.
Elaborado por: Elisabete Martins, n.º 52304.
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